Vai seguir o Brasil? Empresários dos EUA pedem barreiras contra produtos chineses

Todd C. Cooper
Todd C. Cooper

O sindicato “United Steelworkers” publicou um relatório onde pede que o governo dos Estados Unidos estabeleça uma série de barreiras comerciais contra a importação de produtos baratos oriundos da China.

O grupo político representa trabalhadores da indústria, empresários e diversos fabricantes nacionais, sendo que eles acreditam que o “excesso da capacidade industrial da China” pode acabar tirando empregos de trabalhadores americanos.

Esses empresários também apelaram pelo regresso de uma ferramenta de proteção contra surtos de importações. A salvaguarda da seção 421 não está sendo usada, mas ela pode permitir que o governo dos EUA possa impor tarifas temporárias para aliviar problemas com importações provenientes da China.

Usada pela última vez em 2009 pelo presidente Barack Obama, a seção 421 impediu a demissão em massa de trabalhadores de diversas fábricas de pneus, uma vez que, na época, o país passou por um “surto” de importações chinesas de pneus baratos.

A ação aumentou temporariamente a taxa sobre pneus chineses para até 35%, mas a seção 421 expirou em 2013. Agora, o United Steelworkers pede que ela seja reativada contra a importação de carros elétricos, placas solares, chips semicondutores de baixa tecnologia, aço, vidro e pneus.

um relatório recente da AAM mostrou que fábricas de papel, vidro e aço estão considerando fechar as portas nos EUA por conta da concorrência chinesa.
Comentando o assunto, a Alliance for American Manufacturing (AAM), acusa a China de agir para destruir a capacidade industrial dos EUA.

Pequim não cumpriu seus compromissos na OMC e continua não sendo uma economia de mercado. O apoio estatal a setores críticos está causando um enorme excesso de capacidade e ameaça picos de importação nos Estados Unidos, exigindo o restabelecimento da ferramenta da Seção 421.

Assim como a União Europeia, os Estados Unidos acusam a China de fornecer um excesso de subsídios para empresas locais, algo que resulta em produtos muito mais baratos e que acaba prejudicando concorrentes ocidentais.

Além disso, a AAM também pede que o governo dos EUA comece a agir contra empresas chinesas que estabelecem fábricas em países terceiros, como México ou Vietnã, para burlar as sanções comerciais do país.

Os analistas da AAM dizem que o excesso de capacidade não é um surto ou bug da economia chinesa, mas sim uma característica para minar o ocidente.
Por enquanto, o governo chinês não comentou o assunto.

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