Francisco recebeu em audiência, neste sábado, 15, administradores de grandes empresas e chamou a atenção para a inclusão dos pobres
Francisco recebeu em audiência, neste sábado, 15, administradores de grandes empresas e chamou a atenção para a inclusão dos pobres
Da Redação, com Vatican News
Papa Francisco / Foto: Reprodução Youtube Vatican Media
Neste sábado, 15, o Papa recebeu, em audiência, um grupo de administradores delegados de grandes empresas e bancos, reunidos numa rede que vive os princípios da Laudato si’, aos quais dirigiu uma breve saudação.
“As funções que vocês são chamados a desempenhar são cada vez mais decisivas não apenas na vida econômica, mas também social e política. As grandes empresas são participantes da dinâmica das relações internacionais. Portanto, vocês se veem tomando decisões que têm um impacto sobre milhares e milhares de trabalhadores e investidores, e cada vez mais em escala global”, afirmou.
Francisco acrescentou que o poder econômico está entrelaçado com o poder político. “As grandes corporações, de fato, além das escolhas de consumo, poupança e produção, também condicionam o destino dos governos, as políticas públicas nacionais e internacionais e a sustentabilidade do desenvolvimento. Vocês vivem essa realidade, porque estão nela, é o seu mundo”, disse.
O Santo Padre enfatizou que isso não é suficiente e que é preciso tomar consciência dela e analisá-la de forma crítica, com discernimento, para que possa exercer plenamente a responsabilidade pelos efeitos, diretos e indiretos, de suas escolhas.
Nesse sentido, o Papa quis se concentrar brevemente em três desafios: o cuidado do meio ambiente, o cuidado dos pobres e cuidado dos jovens. Falando sobre o cuidado dos pobres, o Santo Padre fez a seguinte exortação:
“Desconfiem de uma certa “meritocracia” que é usada para legitimar a exclusão dos pobres, julgados como deméritos, a ponto de considerar a própria pobreza como uma culpa. E não se contentem com um pouco de filantropia, pois isso é muito pouco: o desafio é incluir os pobres nas empresas, fazer com que eles se tornem recursos para o benefício comum. Isso é possível”, concluiu.