Como destaca o CEO da RM Rental, Romulo dos Santos Gonçalves, a demanda por carros blindados vem crescendo em todo o mundo, principalmente em regiões onde a segurança pública é uma preocupação constante ou em áreas de risco elevado. Entretanto, a regulamentação sobre a produção e uso de veículos blindados varia significativamente de país para país. As normas de segurança estabelecidas por cada nação influenciam diretamente a fabricação, o tipo de blindagem permitido e o uso desses veículos.
Neste artigo, faremos uma análise das normas de segurança para carros blindados em diferentes países, abordando as regulamentações em três regiões distintas: Brasil, Estados Unidos e Europa.
Saiba mais a seguir!
Carros blindados no Brasil: conheça os níveis de proteção e as normas técnicas exigidas
O Brasil se destaca como um dos maiores mercados de carros blindados devido ao alto índice de criminalidade em diversas regiões urbanas. O Exército Brasileiro regulamenta as normas de blindagem, sendo responsável por autorizar as empresas a realizar o serviço e estabelecer os critérios de segurança necessários. Esse controle garante que as operações de blindagem atendam aos requisitos de proteção exigidos.
A legislação brasileira classifica os carros blindados em níveis de proteção que variam de I a III-A, com o nível III-A sendo o mais comum para veículos civis. Essa classificação é baseada em padrões internacionais e especifica o tipo de ameaça que a blindagem pode enfrentar, como projéteis de diferentes calibres. As empresas devem cumprir normas técnicas rigorosas para assegurar a qualidade dos materiais, como aço balístico e vidros blindados.
Além disso, como destaca o conhecedor Romulo dos Santos Gonçalves, é obrigatória a realização do registro do veículo junto ao Exército após a blindagem. O Brasil também exige inspeções periódicas para garantir que o nível de proteção se mantenha eficaz ao longo do tempo. A fiscalização rigorosa visa prevenir o uso de materiais inadequados que poderiam comprometer a segurança do veículo.
Estados Unidos: como são testados os carros blindados para garantir a segurança?
Nos Estados Unidos, a regulamentação de carros blindados é menos centralizada em comparação com o Brasil, variando de acordo com o estado e a função do veículo. Enquanto veículos militares e governamentais seguem normas rígidas definidas pelo Departamento de Defesa, os carros blindados civis e corporativos são regulamentados principalmente por entidades privadas, como a National Institute of Justice (NIJ), que estabelece padrões para a blindagem balística.
A classificação dos níveis de proteção nos Estados Unidos é baseada em testes balísticos que determinam a resistência dos materiais contra diferentes calibres de armas de fogo. O NIJ tem sete níveis de proteção, que vão do NIJ I ao NIJ IV, sendo o NIJ III e IV os mais resistentes, capazes de suportar até projéteis de rifles de alta potência. Carros blindados utilizados por empresas privadas ou por cidadãos comuns podem ser fabricados de acordo com esses padrões, sem a necessidade de aprovações governamentais para uso civil.
Entretanto, como menciona o CEO da RM Rental Romulo dos Santos Gonçalves, a blindagem de veículos nos Estados Unidos requer um planejamento meticuloso quanto ao peso e à eficiência do veículo, uma vez que muitas estradas têm limites de peso rígidos que os veículos blindados precisam respeitar. Ademais, a comercialização de carros blindados é amplamente aceita, com diversas empresas especializadas na customização de veículos blindados para executivos, políticos e empresas de segurança privada.
Diversidade global nas normas de segurança para carros blindados
Em suma, como enfatiza Romulo dos Santos Gonçalves, as normas de segurança para carros blindados variam globalmente, refletindo as prioridades de cada país. No Brasil, a regulamentação é detalhada e controlada pelo Exército, com foco na proteção em áreas de alta violência. Nos Estados Unidos, a abordagem permite maior liberdade para a blindagem civil, resultando em diversas opções no mercado. Essas diferenças mostram que, apesar do objetivo comum de proteção, as regulamentações locais moldam o mercado de formas distintas.