Vendas a consumidores finais e entre empresas caíram mais de um quarto em comparação ao período anterior ao desastre
Dois meses após o início das ocorrências relacionadas às fortes chuvas no Rio Grande do Sul, cerca três em cada dez estabelecimentos localizados em áreas que foram inundadas seguem operando em níveis abaixo da normalidade, de acordo com governo do estado.
Os dados foram divulgados neste sábado (29) e constam na sexta edição do Boletim Econômico-Tributário da Receita Estadual, publicado nesta sexta-feira (28).
O levantamento considerou mais de 3 mil estabelecimentos de maior porte e mostra que 650 deles (20%) apresentaram nível de atividade baixo no período entre 19 e 26 de junho. O volume de vendas foi inferior a 30% da média normal registrada antes das enchentes que atingiram o estado.
O boletim ainda mostra que 7% dos estabelecimentos operaram com nível médio (entre 30% e 70% do normal) e 73% estiveram com oscilações dentro da normalidade (nível de atividade a partir de 70% do habitual).
Já nas micro e pequenas empresas, dos mais de 5 mil estabelecimentos em áreas que foram inundadas, 1.219 (24%) estão operando atualmente com nível baixo, 3% em nível médio e 73% dentro da normalidade. No período mais crítico da crise, o percentual foi de apenas 36%.
As vendas a consumidores finais registraram baixa de 26% e as vendas entre empresas caíram 27% na comparação da média dos últimos sete dias com o período anterior às enchentes. Esses índices chegaram a ser de -83% e -79%, respectivamente, no pior momento da crise.
O número de empresas que emitiram notas fiscais nas áreas inundadas também caiu, considerando o mesmo período comparativo: a quantidade de empresas vendendo ao consumidor final baixou 35% e a quantidade de empresas emitindo notas para outras empresas caiu 16%.